Anteproposta de Lei n.º 6/XIII – “Primeira alteração à Lei n.º 95/2021, de 29 de dezembro, que regula a utilização e o acesso pelas forças e serviços de segurança e pela autoridade nacional de emergência e proteção civil a sistemas de vigilância para captação, gravação e tratamento de imagem e som”

Senhor Presidente,

Senhores Deputados,

Membros do Governo,

Os Açores têm a missão clara de liderar a proteção das nossas águas e dos nossos recursos marinhos.

Somos guardiões de um património único e imprescindível, que não nos pertence apenas a nós, mas também às gerações futuras.

A proposta que debatemos hoje é um passo firme e decisivo nesta missão. Propomos a utilização de mecanismos de videovigilância para defender as áreas marinhas protegidas e combater a pesca ilegal.

Esta não é apenas uma medida técnica, mas uma estratégia justa, necessária e urgente.

A pesca predatória ameaça não só os nossos recursos, mas também a subsistência de milhares de profissionais que dependem do mar.

Mais do que isso, compromete o equilíbrio ecológico e o papel que os Açores desempenham como modelo de preservação ambiental.

Recentemente, esta casa aprovou a proteção de 30% das nossas águas como áreas marinhas protegidas, demonstrando o compromisso da nossa Região com a sustentabilidade.

No entanto, proteger no papel não é suficiente. Precisamos de mecanismos eficazes que nos permitam agir.

Esta iniciativa dá-nos essas ferramentas.

Ela representa uma medida dissuasora, capaz de prevenir infrações.

Mais do que punir, queremos proteger.

Proteger hoje para garantir que haverá recursos amanhã.

Sem mecanismos funcionais, a proteção torna-se vazia. E a videovigilância é uma dessas ferramentas indispensáveis.

Senhoras e Senhores Deputados,

A videovigilância já é amplamente utilizada para proteger estradas, cidades e florestas, entre outras áreas públicas.

Porque não aplicar a mesma lógica aos nossos oceanos?

A Zona Económica Exclusiva (ZEE) dos Açores representa 57% da ZEE nacional.

É um território vasto e de importância estratégica, não apenas para os açorianos, mas para Portugal e o mundo.

Esta proposta também garante a defesa dos nossos recursos contra ameaças externas, sejam elas nacionais ou internacionais.

É também uma garantia da nossa soberania sobre estas águas, um reforço da nossa jurisdição e da nossa capacidade de agir com base em provas sólidas e inequívocas.

Esta proposta é robusta e está em total conformidade com a lei. Está alinhada com os compromissos globais de preservação ambiental e com o interesse coletivo de proteger o que é nosso.

Este é o momento de agir. Este é o momento de liderar.

Aprovar esta proposta é reafirmar que os Açores estão na linha de frente na defesa dos oceanos.

É assumir o compromisso de proteger o que é nosso.

É garantir que o futuro não será comprometido pela inação do presente.

Senhoras e Senhores Deputados,

O PPM vota a favor desta proposta.

Queremos reforçar o nosso papel como líderes na proteção do meio ambiente e garantir que os Açores continuem a ser um exemplo para o mundo.

Muito obrigado.

Paulo Margato

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