“Três maiorias, três Governos e um Presidente

Não libertar o Governo Regional dos Açores da asfixia financeira brutal a que, durante três anos e meio, esteve submetido pelo poder socialista de Lisboa, será uma injustiça e uma ingratidão gritantes

O Governo Regional dos Açores herdou uma dívida gigantesca, criada pelo poder socialista que governou o arquipélago durante 24 anos consecutivos, e teve de superar um conjunto de bloqueios e de reivindicações socioprofissionais incrustadas, cuja resolução significou um enorme esforço para as depauperadas finanças regionais herdadas dos socialistas.

Ainda assim, o Governo Regional conseguiu colocar a economia dos Açores a crescer de forma quase exponencial (o PIB regional quase duplicará o seu valor em relação a 2020, em apenas oito anos) e criar o maior número de empregos da história dos Açores.

Não é possível manter este impulso de crescimento com as atuais limitações orçamentais. Se esta questão não for superada ainda este ano, o projeto político da coligação pode começar a debilitar-se. Sem uma maioria parlamentar absoluta, o Governo Regional deve a sua subsistência ao seu êxito económico. Qualquer retrocesso nesta matéria implicará o fim do projeto político da coligação nos Açores.

A eventual queda dos governos minoritários da coligação nos Açores, e também na Madeira, constituirá o princípio do fim do poder social-democrata em Lisboa. Este precisa de tempo para se afirmar e não pode ser o destino final de um ciclone com origem no Atlântico, que seguirá certamente o seu percurso em direção ao Tejo.”

Observador

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