NOTA INFORMATIVA: 𝐎 𝐏𝐏𝐌 𝐬𝐨𝐥𝐢𝐜𝐢𝐭𝐨𝐮 𝐮𝐦𝐚 𝐫𝐞𝐮𝐧𝐢𝐚̃𝐨 𝐮𝐫𝐠𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚̀ 𝐂𝐨𝐦𝐢𝐬𝐬𝐚̃𝐨 𝐍𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐄𝐥𝐞𝐢𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐥𝐚𝐫𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐨𝐬 𝐥𝐢𝐦𝐢𝐭𝐞𝐬 𝐚𝐨 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐮𝐧𝐢𝐚̃𝐨 𝐞 𝐦𝐚𝐧𝐢𝐟𝐞𝐬𝐭𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐚𝐜𝐢́𝐟𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐮𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐨 𝐚𝐭𝐮𝐚𝐥 𝐩𝐞𝐫𝐢́𝐨𝐝𝐨 𝐞𝐥𝐞𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚𝐥.

Lisboa, 28 de abril de 2025                                                                                                              

Nota Informativa

(O PPM solicitou uma reunião urgente à Comissão Nacional de Eleições para esclarecer os limites ao direito de reunião e manifestação pacífica durante o atual período eleitoral)

O PPM considera ilícita a utilização da sigla AD por parte de apenas dois dos três partidos que a integraram historicamente. O PPM fez parte da AD ao longo de 46 anos, desde 1979 até às presentes eleições.

O Tribunal Constitucional, constituído por juízes nomeados pelos dois partidos que hegemonizam o atual regime, validou a apropriação da sigla AD e da respetiva identidade histórica e programática pelo PSD e pelo CDS-PP, em detrimento dos direitos históricos e identitários do PPM.

Não existindo acordo entre os três partidos, o PSD e o CDS deveriam ter escolhido outra designação. O PPM considera-se gravemente prejudicado e contestará esta situação em todas as instâncias necessárias. Caso esta apropriação não seja revertida, tornar-se-á permanente, afetando os futuros atos eleitorais a disputar pelo partido. A perda da AD é a nossa Crimeia.

Cumprindo o anunciado, o PPM apresentará, no 2 de maio, um recurso no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos contra a decisão do Tribunal Constitucional. Existe jurisprudência favorável e confiamos na condenação do Estado português.

Adicionalmente, a 30 de abril, será entregue uma providência cautelar para impedir a utilização, pelo PSD-CDS, de um logótipo eleitoral praticamente idêntico ao da AD que disputou as eleições legislativas nacionais de 2024, que integrava o PPM.

Organizaremos, ainda, manifestações pacíficas junto dos comícios das organizações que utilizam, sem respeito pela identidade histórica do PPM, a sigla e o logótipo da AD. Este é um protesto legítimo e cívico, que visa alertar os portugueses a apropriação ilegítima de um património e de uma sigla que também é histórica, identitária e programaticamente  nossa.

Recordamos que o PPM foi fundado no dia 23 de maio de 1974, por opositores ao Estado Novo, e esteve, após o 25 de Abril, representado nos Governos Provisórios e em vários Governos Constitucionais. Somos herdeiros dessa história de defesa da liberdade e da construção da democracia.

Vamos questionar a CNE, no sentido de saber se o artigo 45.º da Constituição da República Portuguesa, que garante aos cidadãos o direito de reunião e manifestação pacífica sem necessidade de autorização, continua vigente. Queremos assegurar-nos que, entre 4 e 16 de maio, nos poderemos manifestar pacificamente, junto dos comícios da coligação PSD-CDS, sem receio de ordens de detenção.

Em nome da história democrática que ajudámos a construir e a defender, o PPM reafirma o seu compromisso com a liberdade e a democracia.

O Secretário-Geral do PPM

(Paulo Estêvão)

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