O Conselho Mundial das Casas dos Açores (CMCA) realizou a sua Assembleia Geral na ilha de São Jorge, reunindo representantes das Casas dos Açores de todo o mundo. Este evento, que ocorreu entre os dias 11 e 13 de outubro, foi um marco importante para a diáspora açoriana, destacando a sua cultura vibrante e a conexão contínua com as raízes insulares. Durante a assembleia, foram discutidos temas cruciais para a comunidade, como a revisão do regulamento do CMCA e a admissão formal da Casa dos Açores do Espírito Santo, no Brasil. Além disso, houve um debate enriquecedor sobre os desafios atuais que as instituições enfrentam, refletindo o compromisso do CMCA em fortalecer a rede global açoriana.
Um dos momentos mais significativos do encontro foi a sessão conjunta entre os presidentes das Casas dos Açores e um grupo de jovens observadores dos Estados Unidos, Canadá, Bermuda, Brasil, Portugal continental e Uruguai. Esta interação entre gerações simboliza a transmissão de conhecimento e a importância de envolver os jovens na preservação da herança açoriana. A Assembleia também prestou homenagem a três emigrantes açorianos em Toronto, reconhecendo suas contribuições excepcionais para a comunidade. António “Tabico” Câmara foi lembrado postumamente como um elo vital da cultura popular açoriana no Canadá, enquanto Cidália de Sousa e Grinoalda Pavão foram celebradas por sua dedicação de longa data às atividades da Casa dos Açores de Ontário.
O evento culminou com a sessão de encerramento, presidida pelo presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, onde foram apresentadas as conclusões da Assembleia Geral. A cerimônia incluiu a entrega das distinções do CMCA, com destaque para o Queijo de São Jorge, indicado como produto açoriano de qualidade deste ano. A presidência anual do CMCA foi formalmente transferida da Casa dos Açores do Ontário para a Casa dos Açores da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, marcando um novo capítulo na liderança da organização.
Este encontro em São Jorge não só reforçou os laços entre as Casas dos Açores espalhadas pelo mundo, mas também serviu como uma plataforma para discutir estratégias futuras e promover a cultura açoriana globalmente. A inclusão da Casa dos Açores do Espírito Santo e das Casas dos Açores da Região Centro e da Região Sul do continente português como observadoras reflete o crescimento contínuo e a relevância do CMCA. A assembleia foi um testemunho do espírito resiliente e da rica tapeçaria cultural que define a comunidade açoriana, tanto nas ilhas como na diáspora.
Imagem da RTP AÇORES