𝐋𝐢𝐬𝐛𝐨𝐚 – 𝐔𝐦𝐚 𝐂𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝟕𝟓𝟎𝟎𝟎𝟎 𝐡𝐚𝐛𝐢𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬

O principal projeto estruturante da Lisboa é a sua localização geográfica única consubstanciada na sua história milenar, potenciadora do seu desenvolvimento e sustentabilidade e responsabilizadora da sua vocação de serviço à Área Metropolitana, ao País e ao Mundo. Qualquer descuido ou distração desta vocação tem consequências graves e acumuladas na missão da cidade revelados pela história e visualizados na esperança de um futuro que marca o que fazer no presente numa reversão humana do tempo.

Desde a fundação de Portugal entendemos a tomada de Lisboa por Dom Afonso Henriques aos mouros e aos cruzados para fundar Portugal, percebemos a resistência da cidade ao domínio espanhol por Dom João I e ao domínio filipino, justificados pelo serviço prestado ao mundo. Aprendemos com a perda de importância relativamente às restantes cidades europeias porque negámos a nossa função com a expulsão de judeus e da Ordem de Cristo no século XVI, com a irradicação dos jesuítas no Século XVIII, das ordens religiosas no século XIX e de todo o tipo de gente boa no século XX e XXI.

Lisboa não está a cumprir o seu principal projeto estruturante da Área Metropolitana, de Portugal e do mundo, e isto acontece desde que começou a expulsar gente; e quem vai ou não fica são normalmente os melhores. O problema do projeto estruturante de Lisboa não são os imigrantes ou os turistas. O problema é acharmos que os imigrantes ou os turistas são um problema e não um indicador de potencial e capacidade.

Propõe-se que até 2030 o emprego básico da cidade de Lisboa passe de 75000 para 100000 com uma cidade com 750000 residentes . Interagindo com a Área Metropolitana que crescerá de 2,75 milhões de habitantes para 3,75 milhões de habitantes e Portugal que crescerá de 11 milhões de habitantes para 15 milhões de habitantes. Tudo num processo de atração de investimento e integração de migrantes que potenciará a interação da cidade e do país com o mundo, cumprindo Portugal.

É preciso encontrar espaços para este emprego nos centros ainda não dinamizados da cidade de Lisboa como os centros de encontro do Beato, Alcântara e Belém, valorizando as suas potencialidades portuárias e de lazer, e os centros de distribuição do Aeroporto, o Alto de Campolide, o Alto das Amoreiras, a Estrela e Monsanto; reforçando as acessibilidades às redes de metropolitano e de comboio bem conectado com a rede ferroviária, designadamente com a ligação fluida de Alcântara Terra e a Linha de Cascais e com a ligação do Aeroporto à estação de comboios do Areeiro podendo estender-se para Loures e ao TGV para o Porto.

E é preciso encontrar espaços para residências designadamente nos lugares com melhor aptidão urbana e relativamente menos densos de Belém, Ajuda e Alcântara, servindo-os com a extensão da rede de metro a essas freguesias de única aptidão urbana, compensando com o alargamento de espaços verdes nas Avenidas Novas, Alvalade, Lumiar, Marvila e Olivais.

A passagem de parte da Cidade Universitária e do Hospital Júlio de Matos para Monsanto permite libertar novos espaços verdes mais utilizáveis e valorizáveis pela população, libertando também área de maior ruído de forma a reduzir o impacto do Aeroporto da Portela e reforçando a sua expansão. A criação de uma zona verde no antigo espaço da Feira Popular passando o Banco de Portugal e outros bancos para o Alto da Ajuda criará zonas verde de valor em vez de zonas verdes sem valor.

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